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Miss Viseu 2018

O meu nome é Sofia Pereira tenho 21 anos e em 2018 decidi embarcar na aventura de participar no concurso da Miss Viseu.

Participar num concurso de beleza foi uma experiência completamente fora da minha zona de conforto, sempre fui muita ativa no associativismo e no desporto, mas concursos de beleza era uma novidade para mim. Precisamente por isso decidi que era uma boa oportunidade de me pôr à prova. Eu tinha apenas 18 anos, prestes a entrar na universidade, com mais dúvidas do que certezas. Pensei várias vezes se fazia sentido para mim participar em algo tão diferente daquilo que eu conhecia, mas acabei por preferir ter a experiência em detrimento de permanecer confortável na minha zona de conforto. E até hoje sei que fiz uma excelente escolha.

Apesar de ser um concurso no qual, evidentemente, toda a gente tem ambição de ganhar senti-me abraçada pelas restantes participantes, algumas já conheciam o mundo dos concursos e outras, tal como eu, estavam a descobrir algo novo.

 
O Nuno Peixoto, organizador responsável pelo evento Miss Viseu foi (como de resto é sempre) o motor que levou este concurso ao sucesso, a articulação prévia com cada concorrente, a integração de cada uma de nós a um grupo sólido de concorrentes motivadas e sobretudo empáticas. Se há um valor que eu retiro da organização do Miss Viseu 2018 é a empatia, ele conseguiu, durante toda a preparação para a gala final, incutir esse valor tão importante: apesar de todas terem a ambição de ganhar a maior vitória era a vitória coletiva, onde as barreiras da competição são ultrapassadas pela cooperação e trabalho de equipa.

Pôr à prova a minha capacidade de resiliência, de adaptação ao desconhecido e ainda ter sido eleita Miss Viseu 2018 foi uma experiência extremamente gratificante. Tive a oportunidade de usar o palco que me foi dado para falar de temas importantes para mim, como o estereótipo associado às mulheres que participam em concursos de beleza e às suas competências intelectuais, e ao estereótipo que os próprios concursos de beleza, muitas vezes, impõem às suas concorrentes.


A beleza do ser humano é a sua heterogeneidade, somos todas mulheres, todas diferentes e todas elegíveis a concorrer e vencer concursos de beleza se assim o entendermos. É responsabilidade de cada um de nós, diariamente combater o estereótipo, o body shaming e sermos fatores de mudança numa sociedade submersa em preconceito.

 
A premissa feminista é: eu tenho valor.”- Chimamanda Ngozi Adichie

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